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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Contadora de histórias e escritora de literatura infanto-juvenil. GOSTO de contar histórias, do pôr-do-sol no Gasômetro, de desenho animado, da Feira do Livro, da História do RS, das cores roxo, preto e branco, de melancia, saladas verdes e massas, de sair com os amigos, de passear com a família, da comida da minha mãe, de dormir tarde, de acordar mais tarde ainda e de viajar!!!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

BETO E FÊ... 4º livro


O ÚLTIMO GUARDIÃO


Beto entrou correndo e passou pela porta da igreja. Imensa. De pedra. E pensando que ali seria encontrado muito fácil, correu para um canto ao lado direito. Na placa verde, espetada no chão, leu: batistério. É ali também não era um bom lugar. Espera! No alto! Uma fenda no encontro das paredes! Se ele escalasse... não era tão alto... Dois metros. Parecia escuro... Perfeito! Mas, e se tivesse alguma aranha por ali? Ele não era medroso mas... aranha? Ele não gostava delas! O barulho de passos que chegavam correndo fez com que ele se enfiasse no beco escuro. Azar! Ele precisava se esconder.
De onde estava não conseguia ver a porta da igreja. Era realmente uma fenda... No começou imaginou que era uma rachadura provocada pelo tempo. Pelo barulho percebeu que alguém entrou. Entrou correndo e rumou para o fundo. Silêncio absoluto. Mesmo assim Beto não tinha a menor intenção de sair dali. Nem vontade.
Percebeu que dois deles estavam na porta da igreja. Falavam baixo. Era a polícia! Mas ele não podia ser encontrado!!! E pensou que talvez fosse Fernanda quem tinha entrado antes. Que droga! Se tivesse visto teria chamado!
Sentiu um frio na barriga quando ouviu:
- Algo me diz que ele está aqui... em algum lugar!
- Que nada! Ele tá longe! Acho até que sumiu pra pousada! Melhor procurar as gurias... será bem mais fácil!
No escuro das ruínas de São Miguel Arcanjo Beto sentiu seu estômago dar duas voltas. Ele precisava achar as meninas. Não podia deixar que aqueles dois... que eles pegassem elas! Precisava despistá-los!
Prendeu a respiração e se preparou para descer e correr. Levaria os caçadores para longe dali! Longe das meninas.
Porém os dois foram mais rápidos e correram para o fundo da igreja. Ele sabia que uma das gurias estava por lá. E se fosse a Fê? Coitada da Bel!
Espera! Alguém vinha correndo pela frente. Estava na porta... Certo que era uma delas! E era!
Fernanda vinha desesperada. Não! Eles não iriam encostar nenhum dedo nela. Já tinha dado três voltas na grande ruína. Tinha medo de parar! Mas precisava. Rumou para a lateral da esquerda e foi dar no batistério. A mesma placa espetada no chão e nenhum lugar para se esconder.
Lá de cima Beto viu Fernanda se aproximando e a cara de decepção por não encontrar nada ali. Viu seu desespero quando os guardas falaram mais alto. Eles estavam ali... bem perto.
Como um tigre sorrateiro, Beto ficou esperando que ela virasse de costas. Não queria que ela se assustasse e... gritasse! Lembrou dos filmes e em como os heróis escondiam e salvavam a mocinha. E, quando ela virou, sorrateiramente pulou e enfiou a mão na boca.
Fê arregalou os olhos sem saber o que acontecia.
- Xiiii! – fez ele no ouvido dela enquanto a puxava para a parede – Sou eu!!! Sou eu!!!
Respirou aliviada. Que bom que era o Beto... tri bom! Então eles escalaram a parede... primeiro as damas... com direito a pezinho e tudo. Depois ele.
Aquele lugar era mais apertado que um túmulo. Parecia um sarcófago! Mal tinha lugar para um!
Ele sentiu o cheiro dela e pensou que era o melhor cheiro do mundo! Ela imaginou que ele poderia ser um anjo da guarda! O dela.
Mais uma vez o silêncio. Tão grande quanto a igreja. A respiração e... um grito! Era a Bel.
- Ai... me soltem! Tira essa mão gordinha de mim, Toninho ! – gritou ela enfrentando os dois.
- Não tem jeito, mocinha ! – disse ele como se realmente fosse um policial – A senhorita está presa. Tem direito a ficar calada e tudo o que disser poderá ser usado contra a senhorita no julgamento! – e olhando para o Toshio.
- Detetive Shoio! As algemas!
Toshio não agüentou:
- Fala sério, Antônio. Shoio? Isso não é nome de guerreiro!
- Tá, Toshio, tá... foi a primeira coisa que eu lembrei. E as algemas?
- Ai, senhores... não é necessário! Ficarei com vocês!
No beco, Beto e Fê riam do que ouviam. Shoio? Shuashuashua... Ouviram quando Antônio gritou:
- Tá legal! Eu desisto... podem sair! Eu sei que vocês estão aqui... em algum lugar!
- É amigos... chega de Polícia e Ladrão! Tô cansadinha!
Beto e Fê ouviram os amigos chamando.
- Melhor descer, né! – disse ela pensando que poderia ficar ali o resto da vida.
- É... melhor!
Beto pulou na frente. Fê, de costas, começou a deslizar pelas pedras. Firmava os pés e as mãos nas pedras mais salientes. De-va-gar! Uma vontade de escorregar... Ainda bem que ela olhou para baixo! O Beto já estava na porta da igreja, acenando com os braços. Ai... que mongolão!
- Ou... aqui!
E os outros chegaram correndo. Antônio quis saber:
- Aí... vocês foram onde?
- É... – falou Toshio – onde?
Fernanda, que já estava cansada, foi quem respondeu:
- Muitos... muuuuuitos lugares! Quer saber – continuou lembrando que talvez o Beto não “tava nem aí” pra ela – melhor ir pra lá!
E pensou que nem parecia último dia do ano. Não passava de uma quarta-feira qualquer.
Ninguém entendeu. Deve ter lembrado da mãe, pensaram eles.
To be continued...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O ÚLTIMO GUARDIÃO


Este é o 4º livro da Col. Beto e Fê.

O ÚLTIMO GUARDIÃO é uma ficção que tem como cenário o período das Reduções dos Guaranis, há 300 anos, onde hoje é o Rio Grande do Sul.

Para escrevê-lo realizei uma pesquisa sobre os jesuítas e o período em que vieram para a América, em especial o Pe. Antonio Sepp. Sobre as reduções e os índios guaranis. Sobre a Cruz de Caravaca, que deu origem a Cruz Missioneira. Sobre símbolos que estão distribuídos pelo RS, mas que tem origem ao longo da História da humanidade e chegam até nós sem o seu significado original.

Irei postando o texto conforme for escrevendo... espero que curtam!!!