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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Contadora de histórias e escritora de literatura infanto-juvenil. GOSTO de contar histórias, do pôr-do-sol no Gasômetro, de desenho animado, da Feira do Livro, da História do RS, das cores roxo, preto e branco, de melancia, saladas verdes e massas, de sair com os amigos, de passear com a família, da comida da minha mãe, de dormir tarde, de acordar mais tarde ainda e de viajar!!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As aventuras de Beto e Fê

O COFRE DE TRÊS SEGREDOS!!!

Duas horas da manhã.
         O cansaço tentava fechar os olhos de Beto, mas ele não permitia.
         Já fazia quase três horas que ele estava testando aquele monte de chaves e nenhuma delas abria o cofre. E se fosse tudo mentira, um delírio de Carlos Balhatim.
         Com o canto do olho, Beto deu uma olhada em Fernanda, que continuava desmaiada no sofá de couro marrom. Ele respirou fundo tentando entender o que acontecia.
         - Vamos, guri... Você é muito mole! - gritou o velho enfurecido e batendo o pulso na mesa. - Logo se vê que não é daqui. Seu... Seu...
         Beto levou um susto e voltou a testar as chaves. As mãos tremiam. O desespero maior era ver que deveriam haver mais de mil naquele baú.
         Na mesa ao lado, Carlos Balhatim, um burguês falido que morava em Pelotas, esperava ansioso pelas coisas que tinha dentro do cofre. Ele era o único herdeiro de um estancieiro de Piratini. Ele é a perfeita soma entre o não saber fazer nada e o saber gastar muito. Em menos de dois anos já havia perdido as duas fazendas de gado mais onze imóveis na cidade de Pelotas, que havia herdado do pai.  Até o casarão antigo, onde estavam naquele momento, ele já havia perdido. Tinha até o final da manhã para desocupá-lo. Perdeu os bens nas mesas de jogos e a família nas brigas diárias. Sujo, sozinho e pobre. Aparentava ter muito mais do que os quarenta e cinco anos que realmente tinha. Sua última e única chance era : o cofre.
         - Sabe, Beto... - disse o estranho. A voz rouca, o risinho debochado e o olhar perdido davam um ar de filme de terror - É Beto seu nome, não é? 
         Ele não respondeu. Com as mãos tremendo, Beto continuou testando as chaves.
         - É sim... Eu sei que é. - falou o homem debochando - Eu vi quando ela gritou desesperadamente seu nome. Beto... BEto! - disse imitando a voz da Fê - Ela é... é sua namorada?
         Silêncio.
         - Ora, ora, ora... Não quer falar, não é? - Bem... - disse ele levantando-se e indo para perto do sofá - Se ela não é sua namorada, então...
         - Não! - gritou Beto - Por favor. Ela... Ela não é minha namorada, mas... Mas é minha amiga.
         O velho parou e ficou olhando para ele. O sorriso debochado fazia parte dele. Era um sujeito feio, sujo, com uns dreads no cabelo. A voz rouca e a falta de dentes ajudavam a implantar o terror. E o lugar onde estavam, úmido e escuro tinha um cheiro estranho. Um cheiro podre misturado ao cheiro das muitas velas que derretiam: cheiro de morte.
         - Tá, ta... Não vou fazer nada... ainda. Só depende de ti! Tô esperando. Ligeiro, guri!
         E sentou-se novamente à mesa.  Fixou os olhos num livro antigo, de capa dura e vermelha que estava ao lado da faca que antes ele trazia nas costas.
         Beto aproveitava  a ausência parcial do sujeito e ia testando as chaves o mais depressa  que podia. Ao mesmo tempo, enquanto ia empilhando as que não serviam em cima do cofre, ele aproveitava para observava o lugar. No canto direito, atrás da mesa, uma porta fechada. Certamente estava trancada. Do seu lado esquerdo, bem acima, uma janela com uma grade de ferro. A largura e o formato da janela, mas larga dentro, do que fora, mostravam que ali havia sido uma senzala.  Abaixo, na mesma parede da janela estava encostado o sofá onde Fê estava. Ao lado, atirados numa pilha, vários livros. Fora isso só o cofre. Cofre antigo, com mais de um metro de altura e três aberturas. Três chaves... Duas já estavam no lugar. Faltava uma. E era justamente o que Beto estava procurando.


6 comentários:

Anônimo disse...

deve ter um epilogo inusitado. gostaria de ler esta estoria por completo. fernandez. feira-ba. 06.04.11.

Anônimo disse...

deve ter um epilogo inusitado. gostaria de ler esta estoria por completo. fernandez. feira-ba. 06.04.11.

Léia Cassol - 20/10/1974 disse...

Bem, se quiseres me enviar um e-mail
leiacassol@gmail.com

Anônimo disse...

Oi Léia Cassol!... :)
Adooooramoooos você!!
Você é genial!
Tem idéias íncriveis, super criativas, e, além de tudo você é super especial para nós! :)
Amamos os livros do Beto e Fê, inclusive, estamos lendo o livro "Um ano especial"!...
De: Lauren Schwonke e Letícia Indicatti(Não sei se você lembra de nós, lá do Colégio Murialdo...De Ana-Rech...Caxias do Sul....Não sei se você lembra de nós... Mas nós lembramos de você!!! :)
Muitos Beijos e Abraços para a melhor autora do mundo!!

Anônimo disse...

Oi Léia Cassol!... :)
Adooooramoooos você!!
Você é genial!
Tem idéias íncriveis, super criativas, e, além de tudo você é super especial para nós! :)
Amamos os livros do Beto e Fê, inclusive, estamos lendo o livro "Um ano especial"!...
De: Lauren Schwonke e Letícia Indicatti(Não sei se você lembra de nós, lá do Colégio Murialdo...De Ana-Rech...Caxias do Sul....Não sei se você lembra de nós... Mas nós lembramos de você!!! :)
Muitos Beijos e Abraços para a melhor autora do mundo!!

Bruna disse...

Olá Léia, adoro seus livros, e seu cabelo roxo é incrível!